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Bessom music: RAP

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Facção Central - Discografia

Facção Central - Discografia

Bala Perdida - Facção Central - LETRAS.MUS.BR

Um dos grupos de Rap (Não, não é tipo Emicida e Projota, muito menos Eminem) mais conhecido do país, Facção Central é uma daquelas bandas que te fazem sentir orgulho de ser brasileiro.

Formada na cidade e estado de São Paulo, Brasil, no ano de 1989, Facção alcançou tanto pela agressividade de suas letras quanto pela censura sofrida.

A primeira formação do grupo contou com os seguintes integrantes:
  • Nego
  • Jurandir
  • Dj Garga
Posteriormente sai esses integrantes e entram Carlos Eduardo (Eduardo), Washington Roberto Santana (Dum Dum) e “Erick 12”.

   Assim como a maioria dos integrantes de grupos de Rap, os membros do Facção vieram da favela, convivendo desde sempre com o tráfico a cada esquina, violência institucionalizada do Estado por parte da polícia, pobreza, cadeia e o resto que a gente confere em todo morro.
   Passar por problemas todos nós passamos, a diferença é o que fazemos com eles, e o grupo tomou os desafios como fonte de inspiração.

Facção não fala de romance, fala: 
  • Dos prejudicados que herdaram apenas a escravidão; 
  • Do menino que vê seus pais sem comer para não deixar os filhos com fome; 
  • Das crianças que se espelham no traficante porque não veem mais ninguém bem sucedido ali;
  • Do que o crime dá e o quão alto é o preço que ele cobra;
  • Que “O sistema tem que chorar, mas não com você matando na rua, o sistema tem que chorar vendo a sua formatura”;
  • Dos “Cuzão que critica: ‘Facção é pessimista’, não sabe quanto custa 6 anos de medicina”;
  • Que “Vitória não é carro, dinheiro e vagabunda, é injetar ódio no cérebro do conformado, informação no desinformado e autoestima no derrotado”;
  • Que “Não vejo um puto lutando pra favela ter escola, só pra me trancar e jogar a chave fora”;
  • Que “Não pôs no quarto e cozinha um azulejo, só alegrou traficante que quis o seu cachimbo aceso, você mesmo imprimiu santinho com a sua foto, infelizmente é Facção conversando com os mortos”;
  • Que “Não é pra curar AIDS e câncer a tecnologia, é pro internauta trocar foto de pedofilia. Só vejo a solução eficaz no nosso caso, um meteoro tipo aquele que extinguiu os dinossauros”;
  • Que “Abraça que foi abolida a escravatura, conta os pretos na TV, no outdoor da rua”;
  • Que “Não quero o poder que o sistema oferece através do refém, cuzão fazendo prece, quero o nome na calçada da fama sem morte, ser exemplo de vitória sem fuzil no carro forte”;
  • Não é simplesmente música, é manual da vida, injeta ânimo no peito.
É claro que com letras denunciando os podres da polícia, do governo e de outros, as ameaças e censuras não demorariam a chegar, e foi o que ocorreu. Ameaças por telefone, censura em rádios e até prisão por segundo o Ministério Público “apologia ao crime”.

   Versos Sangrentos, álbum de 1999, é o destaque, o vídeo “Isso aqui é uma guerra” conseguiu parar quase que o país. No vídeo é mostrado Eduardo, Dum Dum e outros assaltando residências, roubando carros e o que parece um banco ou algo do tipo. Rola cenas com eles chutando os reféns e matando uma mulher.

“[...] Vai se foder, descarrega essa PT
Mata o filho do boy como o Brasil quer ver
Esfrega na cara sua panela vazia
Exige seus direitos com o sangue da vadia
É a lei da natureza, quem tem fome mata
Na selva é o animal, na rua é empresário,
Inconsequente, Insano, doente.

[...] Quer seu filho indo pra escola e não voltando morto?
Então meta a mão no cofre e ajude nosso povo
Ou veja sua mulher agonizando até morrer
Por que alguém precisava comer.
ISSO AQUI É UMA GUERRA!”

   O álbum até passou, mas o vídeo foi censurado por “Apologia ao crime” e o grupo foi preso. O vídeo ficou no ar durante cerca de seis meses e rodou até na MTV, um dos motivos que acelerou ou causou sua censura.
   Eduardo foi a alguns programas de TV (Como o da Sônia Abrao e do João Gordo) e deu várias entrevistas, nas quais justifica o grupo dizendo que no fim do vídeo os dois criminosos pagam por ter entrado no crime, um é preso e o outro acaba morto. Justificativa que eu, particularmente achei bem convincente. Mas já sabe como são autoridades e governo aqui, né?!
   Uma das coisas que mais me chamaram a atenção nessas entrevistas foi o João Gordo ter dito que o clipe e a letra eram muito cru, muito violento e que isso fazia sim apologia ao crime. João Gordo, isso mesmo, integrante do Ratos de Porão dizer isso, ou foi ordem de quem está por cima ou hipocrisia pura.

   Parece que o Facção guardou o ódio da censura pra lançar o álbum A Marcha Fúnebre Prossegue (Um dos melhores, se não o melhor), que se inicia com uma introdução contendo um conjunto de notícias (de vários telejornais) falando sobre a censura.
   O álbum segue com a música Dia Comum, que fala da violência policial, sobre no geral, crime e as consequências de não reduzir a pobreza/miséria.

“Um Deus dividido por duas orações
Uma vítima ajoelhada implora pela vida
O ladrão nervoso, trêmulo, não quer a algema da polícia
A fome e a miséria mostram o fruto
Que a sociedade vai colher. 

O carro preto e branco chega.
O homem bom, o homem da lei, que só atira na cabeça de pobre,
Só da tapa na cara, só derruba porta de barraco.

[...] O filho da imigrante lavadeira sangra perto da porta giratória. 
Ninguém chora. Risadas, alívio. A cena de terror tem contorno de heroísmo e novela de final feliz.”

A Guerra Não Vai Acabar, simplesmente uma das melhores do álbum. É uma resposta à censura do vídeo.

“Aí, promotor, o pesadelo voltou
Censurou o clipe, mas a guerra não acabou;
Ainda tem defunto a cada 13 minutos;
Tem  cidade entre as 15 mais violentas do mundo.

[...] Destaque da TV, sensacionalista,
Que filma sem pudor o trabalho da perícia.
Contando buraco no crânio do corpo do pai morto,
Pela Glock que o sistema porco põe no morro.
Mas pra mim é 286 [código penal: “Apologia ao crime”] quando falo do sangue que escorre do pescoço do vigia,
Dentro do carro forte, enquanto descaso pra periferia
Transformar meu povo em carniça, tem facção na pista, sanguinário na rima

[...] Pode censurar, me prender, me matar
Não é assim promotor que a guerra vai acabar”

Depois dessas tantas polêmicas, aparece mais uma, em março de 2013, Eduardo posta no Youtube um vídeo dizendo que devido alguns conflitos sairia do grupo. Informando que deixou o Facção, mas não o Rap, tanto que já lançou CD duplo.

Após a saída de Eduardo, entra Moysés (pra abrir os caminhos do Facção), grava algumas músicas e saí do grupo, disse que enxergava a guerra de maneira diferente de Dum-Dum. A partir daí Dum-Dum é o único que carrega o Facção.

Lembrando que todas as letras no período em que Eduardo participou do grupo foram compostas por ele.

Fonte (Acesso em 4/9/15):

[1994] Juventude de Atitude
01. Somos Assim
02. Atrás Das Grades
03. Vida Baixa
04. A Malandragem Toma Conta
05. Artista Ou Não?
06. Pilantras
07. Roube Quem Tem
08. Fone Maldito


[1998] Estamos de Luto
01. Introdução
02. Estamos De Luto
03. Um Lugar Em Decomposição
04. A História De Um Traficante
05. Brincando De Marionete
06. Sonhei Com O Céu
07. Não Dê Sua Cara A Tapa
08. Detenção Sem Muro
09. Lágrimas De Sangue
10. Finalização

[1999] Família Facção [Coletânea]
01. Outro Caminho
02. Um Pouco Mais De Malandragem
03. Que Cumpra A Profecia
04. Descabelado
05. É O Fim
06. Produto Do Descaso
07. Nada é Mais Como Antigamente
08. Comece A Refletir
09. Se Eu Não Sirvo A Jesus
10. Chega De Bang Bang
11. Vidas Em Holocausto
12. Memórias Do Crime

[1999] Versos Sangrentos
01. Proteção
02. A Minha Voz Está No Ar
03. 12 De Outubro
04. Isso Aqui É Uma Guerra
05. Vidas Em Branco
06. Dia Dos Finados
07. Quando É Que Vão Olhar Pro Inferno
08. Enterro De Um Santo
09. Pavilhão Dos Esquecidos
10. A Cidade É Nossa
11. Não Quero Ser O Próximo Defunto
12. Anjo Da Guarda X Lúcifer
13. Assalto A Banco
14. Prisioneiro Do Passado
15. Mensagem Ao Céu

Versos Sangrentos [Instrumental] [2001]
01. Proteção
02. A Minha Voz Está No Ar
03. 12 De Outubro
04. Isso Aqui É Uma Guerra
05. Vidas Em Branco
06. Dia Dos Finados
07. Quando É Que Vão Olhar Pro Inferno
08. Enterro De Um Santo
09. Pavilhão Dos Esquecidos
10. A Cidade É Nossa
11. Não Quero Ser O Próximo Defunto
12. Anjo Da Guarda X Lúcifer
13. Assalto A Banco
14. Prisioneiro Do Passado
15. Mensagem Ao Céu

[2001] A Marcha Fúnebre Prossegue
01. Introdução
02. Dia Comum
03. A Guerra Não Vai Acabar
04. A Marcha Fúnebre Prossegue
05. Aqui São Teus Cães
06. Desculpa Mãe
07. Sei Que Os Porcos Querem Meu Caixão
08. O Show Começa Agora
09. Tensão
10. De Encontro À Morte
11. Eu Tô Fazendo O Que O Sistema Quer
12. Discurso Ou Revolver
13. Sem Luz No Fim Do Túnel
14. Apologia Ao Crime
15. Justiça Com As Próprias Mãos
16. A Paz Está Morta

[2001] Só Sucessos
01. Brincando de Marionete 
02. Detenção Sem Muro 
03. Artistas ou Não 
04. A Malandragem Toma Conta 
05. A Minha Vez Está no Ar 
06. Enterro de Um Santo 
07. 12 de Outubro 
08. Assalto a Banco 
09. Não é Mais Como Antigamente 
10. Não Quero Ser o Próximo Defunto 
11. A História de um Traficante

[2003] Direto do Campo de Extermínio [2 CD’s]
CD1:
01. Chico Xavier Do Gueto
02. Vozes Sem Voz
03. Aqui Ela Não Pode Voar
04. São Paulo Aushwit'z Versão Brasileira
05. O Menino Do Morro
06. Hoje Deus Anda De Blindado
07. Alcatraz
08. Quando Eu Sair Daqui
09. Conversando Com Os Mortos
10. Reflexões Do Corredor Da Morte
11. Cnn Periférica
12. Eu Não Pedi Pra Nascer
13. 765 Motivos Pra Morrer
14. No Trilho Do Vale Da Sombra 
15. O Homem Estragou Tudo

CD2:
01. O Poder Que Eu Não Quero
02. Um Grito De Socorro
03. Um Gole De Veneno
04. O Que Os Olhos Vêem
05. Dias Melhores Virão
06. Estrada Da Dor 666
07. Em Nome Da Honra
08. Sangue Suor E Lágrimas
09. No Fim Não Existem Rosas
10. Observando O Rio De Sangue
11. Aperte O Gatilho Por Favor
12. Vão Ter Que Algemar Meu Cadáver
13. Há Mil Anos Luz Da Paz
14. A Paz É Uma Pomba Branca

[2005] Ao vivo [Ao vivo]
01. Introdução
02. Detenção Sem Muro
03. Introdução
04. São Paulo Aushwit'z Versão Brasileira
05. Cnn Periférica
06. Introdução
07. A Marcha Fúnebre Prossegue
08. Introdução
09. Conversando Com Os Mortos
10. Introdução
11. Estrada Da Dor 666
12. Um Gole De Veneno
13. A Minha Voz Está No Ar
14. 12 De Outubro
15. Introdução
16. A Guerra Não Vai Acabar
17. Eu Não Pedi Pra Nascer

[2006] O Espetáculo do Circo dos Horrores [2 CD’s]
CD1:
01. O Circo Chegou
02. O Espetáculo Do Circo Dos Horrores
03. Cartilha Do Ódio
04. Castelo Triste
05. Abismo Das Almas Perdidas
06. Interlúdio
07. Sonhos Que Eu Não Quero Ter
08. Aparthaid No Dilúvio De Sangue
09. Resgate
10. Homenagem Póstuma
11. Livro De Auto Ajuda
12. Sem Limites
13. Espada No Dragão
14. Aonde O Filho Chora E A Mãe Não Vê

CD2:
01. A Bactéria Fc
02. Roleta Macabra
03. Front De Madeirite
04. Cortando O Mau Pela Raiz
05. Pacto Com O Diabo
06. Bala Perdida
07. Tecla Pause
08. Memórias Do Apocalipse
09. A Capela Dos 50.000 Espíritos
10. Passageiro Da Agonia
11. O Rei Da Montanha
12. De Mãos Dadas Com O Inimigo

O Rappa - Discografia

Discografia O Rappa

Descrição: O Rappa é uma banda brasileira, formada em 1993 no Rio de Janeiro. É notável por suas letras de forte cunho social em uma mescla de rock, reggae, rap e MPB. Formada pelos músicos que acompanharam o cantor de reggae Papa Winnie em uma turnê pelo Brasil mais o cantor Marcelo Falcão, O Rappa não obteve muito sucesso com seu álbum de estreia, mas alcançou fama nacional com o segundo disco Rappa Mundi, lançado em 1996.
Em 2001, perderam seu baterista e principal letrista, Marcelo Yuka, quando este se tornou paraplégico após ser baleado em um assalto. Com o instrumento assumido pelo tecladista Marcelo Lobato e as letras de Marcos Lobato, O Rappa se manteve na atividade, lançando o disco O Silêncio Q Precede O Esporro em 2003 e permanecendo como uma das bandas mais aclamadas do rock brasileiro. O Rappa já vendeu mais de 5 milhões de cópias de seus trabalhos em todo o mundo.
Álbuns:
1994 – O Rappa
1996 – Rappa Mundi
1999 – Lado B Lado A
2001 – Instinto Coletivo
2003 – O Silêncio Q Precede o Esporro
2004 – Luau MTV
2005 – O Rappa Acústico MTV
2008 – 7 vezes
2009 – Perfil
2009 – Planeta Atlântida RS
2010 – Ao Vivo Na Rocinha
Título do Álbum: Discografia O Rappa
Artistas / Banda: O Rappa
Gênero: Rock / Reggae / Rap
Qualidade: VBR Kbps / Stereo
Formato: Rar / MP3
Tamanho: 934 MB

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